Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum a atuação de golpistas que se aproveitam da rotina tributária das empresas para aplicar fraudes sofisticadas. E-mails que simulam comunicação oficial de órgãos públicos, envio de boletos falsos e cobranças indevidas têm causado prejuízos significativos a empresários desavisados.

Neste artigo, vamos explicar como funcionam esses golpes, quais são os sinais de alerta e como se proteger de forma prática.

Como os golpistas atuam?

Os criminosos utilizam técnicas de engenharia social e design profissional para enganar. Eles simulam e-mails e documentos aparentemente legítimos, se passando por entidades como:

• Receita Federal
• SEFAZ (Secretaria da Fazenda)
• Juntas comerciais
• Cartórios
• Correios
• Bancos
• Conselhos de classe e sindicatos

Em geral, os e-mails contêm:

• Guias de impostos supostamente atrasadas
• Boletos de taxas fictícias obrigatórias
• Notificações de irregularidades urgentes
• Falsas cobranças de serviços jurídicos, contábeis ou de protesto
• “Avisos de entrega” dos Correios com links para vírus

Como identificar e-mails falsos?

É fundamental treinar o olhar para detectar tentativas de fraude. Veja alguns sinais clássicos:

1. Remetente suspeito ou genérico
E-mails enviados por domínios estranhos (ex: @gmail.com, @governos.org) ou com nomes parecidos com órgãos oficiais, mas com erros sutis (ex: @recitafederal.com em vez de @gov.br).

2. Tom de urgência
Mensagens que pressionam você a agir rapidamente: “último aviso”, “prazo final”, “evite multa”, “cancelamento imediato”.

3. Boletos e arquivos anexos
Guias de pagamento que não foram solicitadas ou que não condizem com o calendário oficial da sua empresa.

4. Links encurtados ou suspeitos
Endereços que não levam ao site oficial ou que utilizam encurtadores de URL (como bit.ly, tinyurl, etc.).

5. Erros ortográficos e visuais
Apesar de muitos e-mails parecerem bem feitos, erros sutis de português ou imagens distorcidas ainda são comuns.

Como se proteger?

A prevenção é o melhor caminho. Veja as principais medidas para evitar cair em golpes:

1. Centralize os pagamentos e guias no contador
Nunca pague uma guia ou boleto antes de confirmar com seu contador ou responsável financeiro. O escritório contábil é a fonte segura para validação de documentos fiscais.

2. Use e-mails corporativos seguros
Evite usar e-mails pessoais para receber comunicações fiscais. Prefira contas empresariais com autenticação em dois fatores.

3. Consulte sempre os sites oficiais
Antes de pagar qualquer guia, acesse o portal do órgão diretamente (sem clicar em links de e-mail) e confira se a cobrança está registrada.

4. Mantenha antivírus e filtros atualizados
Ter um bom antivírus e utilizar sistemas de proteção de e-mail ajudam a bloquear mensagens maliciosas automaticamente.

5. Oriente sua equipe
Funcionários também podem ser alvo. Capacite-os para reconhecer fraudes e relatar qualquer e-mail suspeito imediatamente.

E se você cair em um golpe?

Caso tenha pago um boleto falso ou clicado em links maliciosos:

• Comunique seu contador imediatamente
• Avise o banco e tente bloquear o pagamento
• Registre um boletim de ocorrência
• Altere suas senhas e revise seus acessos

Conclusão

O ambiente digital trouxe agilidade, mas também aumentou os riscos de golpes sofisticados. Estar atento aos sinais, confirmar cobranças com profissionais confiáveis e adotar boas práticas de segurança é essencial para proteger sua empresa.

Se você recebeu um e-mail suspeito ou quer garantir que suas obrigações fiscais estão em dia, fale com o time da SiAnte! Nossa equipe está pronta para te orientar com segurança.